Andrej Ciesielski, um jovem alemão de apenas 18 anos de idade, desafiou a polícia egípcia escalando a Grande Pirâmide de Kéops em plena luz do dia em 18 de janeiro de 2016. A ousadia poderia ter resultado em três anos de cadeia, ou coisa pior se ele despencasse lá de cima, já que não estava usando qualquer equipamento de segurança. Entretanto, ele achou que as fotos que tiraria justificariam correr o risco. O rapaz deu os primeiros passos rapidamente para evitar que o alcançassem e o levassem para baixo. A estratégia deu certo, pois já estava a meio caminho da estrutura quando a polícia o viu. Continuando a escalada, chegou ao topo em cerca de oito minutos. Por razôes de segurança a descida demorou mais: cerca de 20 minutos. Quando os policiais o pegaram decidiram liberá-lo, depois de uma rápida passagem pela delegacia, sob a condição de apagarem todas as evidências fotográficas da aventura. Ciesielski concordou porque tinha um software que lhe permitiria recuperar as imagens deletadas quando voltasse para casa. E, assim, temos acima um dos vídeos feitos pelo jovem. Apesar de não ter sido preso, o rapaz foi proibido de retornar ao Egito pelo resto de sua vida. |
Entretanto, Andrej não foi o primeiro jovem a realizar a façanha de escalar a Grande Pirâmide. Antes dele, em março de 2013, dois fotógrafos russos, Vadim Makhorov e Vitaliy Raskalov, conseguiram tirar fotos espetaculares a partir do alto do monumento milenar. Eles relataram que já estava escuro, o horário oficial de visita já havia terminado, e o sol começara a se pôr quando começaram a subir o mais rápido e silenciosamente que puderam. Afirmaram ainda que é preciso ser bastante forte e ágil para subir em um bloco de um metro de altura coberto de poeira. Levaram cerca de 20 minutos para chegar ao topo e constataram que o local estava cheio de inscrições diferentes em vários idiomas, algumas delas escritas há centenas de anos. A descida foi mais difícil do que a escalada e tiveram muita sorte de não terem sido pegos pelos policiais da área. Na foto a Pirâmide de Kéfren com as luzes do Cairo brilhando ao fundo. |
Mênfis é a cidade mais populosa do estado norte-americano do Tennessee e uma das 50 maiores metrópoles daquele país. Nela existe, às margens do rio Mississippi, um monumento rotulado como "A Grande Pirâmide Americana". Atualmente a estrutura abriga o Big Cypress Lodge um hotel cuja temática é o deserto e tem até um lago com crocodilos. São mais de 100 quartos e suítes. Suspensas entre ciprestes de trinta metros de altura plantados no interior da pirâmide, algumas das acomodações são projetadas para se assemelharem a casas de árvores. Existe ainda um salão de boliche de 13 pistas com temática oceanogrâfica, um aviário de patos, o elevador mais alto do mundo autônomo, ou seja, não ligado a um prédio, restaurantes, lojas e um centro de fitness. Os espaços para eventos estão disponíveis para até 750 convidados. Para assistir ao vídeo promocional do hotel, clique aqui. |
Outra cidade dos Estados Unidos que possui sua pirâmide é Las Vegas. Estamos nos referindo ao hotel e cassino Luxor com 106 metros de altura, 40 metros a menos do que a altura da Grande Pirâmide. Obviamente a temática da construção está focada no Egito antigo e seu nome faz referência à antiga Tebas. A moderna estrutura possui em seu ápice um holofote apontado para cima cuja luz, supostamente, pode ser vista do espaço. Possui 30 andares e 11 mil m² de área. O cassino opera com mais de duas mil máquinas e 87 mesas de jogos. Foto © Liliam Lemaire. |
Quando tinha 23 anos de idade, Nileen Namita, uma jovem inglesa, passou a acreditar que era reencarnação de Nefertiti. Essa idéia fixa levou-a a fazer 51 cirurgias plásticas para ficar com o rosto igual ao da rainha egípcia. A primeira operação foi feita em 1987 e ao longo dos anos ela passou por oito intervenções no nariz, três implantes no queixo, um alçamento de sobrancelha, três plásticas no rosto, duas cirurgias labiais, cinco cirurgias oculares e 20 pequenos ajustes. Ela contou que durante toda a infância e adolescência sonhava com a rainha de forma vívida e constante. Nestas visôes podia ver onde Nefertiti morava, seus criados, seus quartos, até mesmo a comida que ela comia. Depois de passar por psicanálise, ficou convencida de que era reencarnação de Nefertiti. Hoje ela tem três filhos e quase 60 anos de idade. Nas fotos vemos Namita quando jovem e caracterizada como Nefertiti. |
Ao lado da coxa direita da múmia de Tutankhamon (c. 1333 a 1323 a.C.) foi encontrada uma adaga com 34,2 cm de comprimento que sempre intrigou os historiadores: como foi possível fazer uma lâmina de ferro de tal qualidade que sobreviveu mais de 3000 anos dentro de um sarcófago sem se transformar em ferrugem? Em 2016 surgiu a resposta: a arma foi forjada a partir do metal de um meteorito caído. O alto teor de níquel da lâmina indica tal origem. Ela é composta por quase 11% de níquel — quase três vezes a quantidade encontrada em artefatos produzidos a partir da extração de minério de ferro. O ferro do punhal foi comparado com 20 meteoritos caídos na região. Um meteorito apelidado de Kharga, que caiu milhares de anos atrás a 240 km a oeste do porto de Alexandria, mas só foi localizado em 2000, apresentava níveis semelhantes de níquel, cobalto e fósforo. Os cientistas acreditam que o pedaço de metal que caiu do céu é a fonte da adaga. O cabo é feito de ouro e sua extremidade é de cristal de rocha. A bainha, também de ouro, apresenta lírios de um lado e penas do outro e se vê a cabeça de um chacal na parte inferior. O ferro era muito mais raro do que o ouro no Egito antigo e as civilizações mediterrâneas só começaram a forjar ferramentas de ferro com confiança mais de mil anos após a morte daquele faraó. As descobertas sugerem que os antigos egípcios sabiam trabalhar com ferro, mesmo que não fossem capazes de fabricá-lo, e valorizavam muito o pouco ferro que podiam obter dos meteoritos considerando-o, inclusive, uma dádiva dos deuses já que tinham vindo do céu. Nos anos que se seguiram ao reinado de Tutankhamon os egípcios usaram hieróglifos que formavam o termo "ferro do cèu" para descrever todos os tipos de ferro. A introdução do novo termo composto indica que eles estavam cientes de que tais pedaços raros de ferro caíam do céu. Foto © Daniela Cornelli. |
Embora teoricamente a Pirâmide de Kéops tenha uma base quadrada, cientistas descobriram que na prática não é bem isso o que ocorre: seu lado oeste é 14,15 cm mais longo do que o lado leste. E esta é a maior discrepância de comprimento que pode ter havido entre os dois lados. Os pesquisadores disseram que um número mais preciso é algo em torno de 7 cm. É claro que esta diferença é quase desprezivel num projeto de tão grande envergadura e o monumento continua sendo a maravilha que sempre foi. Diante de tanta precisão, os especialistas acreditam que os construtores colocaram seu projeto em uma grade resultando no fato de que a orientação do monumento afasta-se apenas um pouco da direção dos pontos cardeais. Seu eixo norte-sul corre 3 minutos e 54 segundos a oeste do norte, enquanto o eixo leste-oeste corre 3 minutos e 51 segundos ao norte do leste. O mais surpreendente em tudo isso é que a única ferramenta já descoberta nas pirâmides de Gizé é um prumo: um pequeno peso vertical com uma ponta pontiaguda que geralmente é pendurada em uma corda para servir como uma linha de referência vertical. Além disso os construtores usavam madeira, corda, pedras e cobre. Eles tinham que ser muito pacientes e inteligentes para fazer o que fizeram com apenas tais ferramentas. |
Poucos sabem que o grande estadista Winston Churchill (30/11/1874 – 24/01/1965) também foi um artista amador. Ele descobriu sua paixão pela pintura aos 40 anos de idade e produziu mais de 500 obras ao longo da vida. Uma delas, que vemos na foto ao lado, retrata as pirâmides de Gizé. Em 1921, ele enviou algumas de suas criações para a exposição internacional em Paris, assinando-as com um nome falso, e seis de suas obras foram premiadas pelo júri. Em 1925, na exposição de Londres de artistas amadores, sua pintura, que ninguém sabia que era dele, ficou em primeiro lugar. Em 1947, enviou alguns trabalhos para a "Royal Academy of Arts". Como sempre, o trabalho foi assinado com um nome fictício. Para sua grande surpresa, duas de suas pinturas foram aceitas. Em 1948 ele recebeu o título de membro honorário daquela instituição artística. A pintura impressionista ao lado, cujo título é Near The Pyramids, foi executada em 1921. |
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