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Para remoção do sarcófago foi necessário retirar blocos interiores da pirâmide para que, num espaço mais amplo, ele pudesse ser colocado numa plataforma com rodas e atingisse o fundo da passagem de entrada. A partir dai ele foi sendo puxado para cima com o emprego da força muscular e de um guincho situado na entrada do monumento, mas nem tudo correu bem. No meio do caminho um dos lados da plataforma enguiçou e não havia espaço suficiente para consertá-la. Os operários recorreram ao uso de alavancas para arrastar a caixa de pedra pela passagem ascendente até a luz do dia. O sarcófago foi colocado sobre uma carreta e, com pranchas de madeira posicionadas em baixo das rodas do veículo, foi puxado por cima das pedras e da areia até o posto de expedição. Depois de embalado com pranchas resistentes de madeira, foi enviado para Alexandria provavelmente de barco ao longo do Nilo. Não há registros de detalhes desta fase da operação. Vyse fez apenas uma referância sobre a perda do sarcófago: Foi embarcado em Alexandria no outono de 1838 a bordo de um navio mercante que se supõe ter se perdido em Cartagena, pois dele nunca se teve mais notícias depois que zarpou de Livorno no dia 12 de outubro daquele ano e algumas partes dos destroços foram recuperadas perto daquele primeiro porto. |
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As muralhas da "cidade" tinham 36,50 metros de altura e 243 metros de comprimento. Todo o conjunto pesava 453600 quilos, o que inclui 300 toneladas de gesso, 152400 metros de placas de madeira, 11340 quilos de pregos e 120 quilômetros de cabos de reforço. Havia 25 esfinges, pesando cinco toneladas cada uma, ladeando a estrada de entrada. Quatro estátuas de 10 metros de altura do faraó Ramsés II, construídas com 35 toneladas de gesso e argila para modelagem, flanqueavam os portões. O elenco e a equipe técnica incluia 3500 atores que viveram em 500 barracas apelidadas de Acampamento DeMille, o qual incluiu um hospital, a administração, uma sala de projeção, uma cozinha na qual trabalhavam 125 cozinheiros e uma barraca comunitária que podia acomodar 1500 pessoas. Trombetas soavam às 4:30 da manhã para acordar todo esse pessoal. Uma frota de 132 caminhões trazia comida e suprimentos das cidades vizinhas. Um único almoço consumia 7500 sanduíches, 2500 laranjas e maçãs e 400 galões de café. Um total de 5000 animais foi alugado de jardins zoológicos e fazendas locais e comiam mais de 9000 quilos de feno por dia. Estão expostos pedaços de figuras gigantescas — um antebraço e mão, um baixo relevo da face do faraó e a pata de um leão — bem como hieróglifos de madeira e elementos da decoração das paredes da cidade. Existem ainda pedaços das vestimentas e moedas com motivos egípcios aparentemente usadas no filme pelo elenco. Curiosamente elas dizem: 45 B.C., ou seja, antes de Cristo. É óbvio que em 45 a.C. eles não sabiam que viviam antes de Cristo. Na foto acima uma das esfinges usadas no filme. As filmagens foram feitas em um ritmo louco e condensadas em apenas trés semanas. Ao final, todo o conjunto tinha que ser desmontado para que as terras fossem entregues de volta aos proprietários. O desmonte dos cenários encareceria ainda mais os custos de produção que já haviam alcançado mais de 1,4 milhão de dólares, mais do que qualquer outro filme feito anteriormente. Ao invés de pagar os trabalhadores para derrubarem tudo, o cineasta usou um método mais rápido: os artefatos foram dinamitados e toda a área coberta com areia rapidamente. Parece incrível que estátuas feitas de gesso para durarem apenas dois meses tenham sido conservadas a ponto de ainda estarem sendo desenterradas em 2015. |
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