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DOMINIC RAINA Muito se tem especulado durante anos sobre como os antigos egípcios moveram os enormes blocos de pedra necessários para a construção das pirâmides. Um homem que vive em Ontário, no Canadá, chamado Dominic Raina, acredita ter resolvido este mistério. Segundo ele, afirma-se que não há registros de como as pedras foram movidas, mas eles existem se soubermos onde procurar. Raina, hoje com mais de 75 anos de idade, cresceu em uma fazenda onde erguia coisas pesadas o tempo todo e aprendeu muito sobre pedras enormes e modos de movimentá-las. Ao assistir um documentário de televisão que sugeria que as pedras das pirâmides haviam sido arrastadas, ele concluiu, baseado na sua experiência, que de forma alguma as rochas poderiam ter sido movimentadas dessa maneira pois se trata de um método muito ineficiente. Ele entendia que havia uma contradição, pois os egípcios eram engenheiros qualificados com tremendas habilidades organizacionais. Era dificil aceitar que os egiptólogos lhes atribuissem a idéia de arrastar pedras. Foi ao observar besouros do esterco, entretanto, que o ancião teve a idéia. O escaravelho era um dos principais símbolos sagrados egípcios. Em essência ele é um besouro do esterco. O que há de significativo nessa espécie de besouro é que ele move sua carga, até 50 vezes mais pesada que seu corpo, rolando-a e usa o peso do objeto como sua própria alavanca. Segundo o raciocínio de Raina, até mesmo uma criança sabe que se você quiser mover uma pedra que não pode erguer, você não a arrasta; você faz ela rolar inúmeras vezes. Mas como resolver o problema se a rocha é quadrada? O sistema de Raina usa pedras com quase 600 kg com pranchas de madeira amarradas por fora. A madeira age como uma ferramenta de passo fazendo com que as pedras, por seu próprio peso, movam a si mesmas. O neto de Raina, com 10 anos de idade, consegue mover 12 vezes o peso do seu corpo usando esta técnica, embora isso pareça impossível. Para entender melhor, veja este vídeo

BUSTO PARECIDO COM MICHAEL JACKSON No Field Museum, um museu da cidade de Chicago nos Estados Unidos, existe um busto egípcio que tem incrível semelhança com Michael Jackson. A escultura de pedra calcária está exposta desde 1988, mas só em 2009, após a morte do artista, começou a chamar atenção devido ao fato de ser parecida com o rosto do cantor Pop. A similitude se estende até mesmo aos olhos amendoados e ao estranho nariz esmigalhado. O busto foi esculpido entre 1550 e 1050 a.C. e retrata uma mulher anônima. Curiosamente, o vídeo clip do sucesso Remenber The Time, gravado em 1993, foi ambientado no Egito. Tendo sido conhecido como Rei do Pop, poderia ele ter sido chamado também de Faraó do Pop?

PEDRA DE ROSETA COMO MESINHA Você gostaria de ter uma réplica da Pedra de Roseta em sua casa? Quem sabe como uma mesa de centro? Caso seu sonho seja esse, agora poderá realizá-lo, desde que esteja disposto a pagar pelo luxo. A empresa Rosetta Classic, LLC está vendendo cópias do original em tamanho natural. A peça tem 112 cm de altura, 75 cm de largura, espessura de 28 cm e pesa 43 quilos. Existe também um outro modelo disponível com 2/3 do tamanho natural: 76 cm de altura, 50 cm de largura, espessura de 19 cm e peso de 11 quilos. Um terceiro modelo, sempre com o formato da pedra original, vem com quatro pés removíveis, permitindo ao seu dono exibir a peça como uma mesinha de centro, ouMESINHA fixada na parede como um quadro de arte arqueológica. Nesse último caso a peça, cuja foto vemos ao lado, tem 101 cm de comprimento, 76 cm de largura, 6,35 cm de espessura e pesa 18 quilos. O suporte com acabamento em preto apresenta barras de metal trançado conectando as pernas. A firma não é afiliada nem patrocinada pelo British Museum de Londres, no qual o original se encontra. O autor da idéia, Dr. Joel A. Freeman, é cineasta, escritor e conferencista. Clique aqui para acessar o site da empresa e saber como as réplicas são produzidas. O texto está em inglês.

VENTOS ATUANDO SOBRE A ESFINGE A grande esfinge de Gizé teria desaparecido caso não tivesse ficado encoberta pela areia por longos períodos durante sua existência. Infelizmente, agora que está exposta, vem sendo corroída devido aos efeitos do vento, da umidade e da poluição do Cairo. O vento é um dos fatores mais críticos que causa a erosão, especialmente quando carrega pó. Para investigar a formação do vento de baixa velocidade sobre a esfinge, pesquisadores simularam o fenômeno numa enorme rede de computadores. Os estudos foram feitos pela Biblioteca de Alexandria em colaboração com a IBM. Num ambiente de realidade virtual interativo os pesquisadores transformaram dados numéricos em simulações de três dimensões e penetraram em tal ambiente. Assim foi possível ver o invisível e entender melhor a degradação da grande esfinge. Um dos gráficos, visto na foto acima, permitiu visualizar a forma do fluxo de ar como também os valores da pressão usando cores. A magnitude da vorticidade, uma medida da tensão da fricção sobre a estátua, foi visualizada como contornos de cor na superfície do monumento. As áreas mais fracas da esfinge são o ombro esquerdo e o topo das costas porque estão expostas ao máximo atrito do vento. A parte de trás da cabeça e o topo do tronco também são consideradas áreas vulneráveis.

MÚMIA DE ESANKH O uso de tomografia computadorizada em 22 múmias do Museu Egípcio do Cairo, com um foco particular no sistema cardiovascular, mostrou que alguns dos fatores de risco que podem causar doenças cardíacas já existiam no Egito antigo. Dos corpos examinados, nove dos 16 que ainda mantinham corações e artérias identificáveis tinham sinais de arteriosclerose. Algumas das múmias tinham calcificação em até seis das suas artérias. Entre as múmias que morreram com idade acima de 45 anos, sete entre oito tiveram calcificação nas artérias. Apenas duas dentre oito delas que morreram mais jovens mostraram calcificação semelhante. O endurecimento foi encontrado nas artérias de homens e mulheres. Quatro entre sete múmias femininas e cinco entre nove múmias masculinas tinham artérias comprometidas. Não foi possível determinar se a arteriosclerose causou o falecimento de quaisquer das múmias, mas a doença estava presente em muitas delas. Isso talvez não seja tão surpreendente já que em alguns papiros há uma boa descrição de dores no tórax, ou seja, de angina.

MÚMIA DE DJEHER O conjunto das múmias estudadas abrangeu até 18 séculos, indicando que aquela doença cardiovascular não esteve limitada a um reino ou dinastia. As múmias examinadas eram de indivíduos de alto status socioeconômico e muitas eram de cortesãos do faraó. Isso significa que deveriam manter dieta regular de carne de gado, pato e ganso como atestam muitos relevos de criados oferecendo generosas porções de carne aos ricos. Outro fator contribuidor das doenças cardíacas, o sal, era largamente empregado para preservação dos alimentos. O corpo mais antigo do estudo afligido com arteriosclerose era o de uma mulher chamada Rai que viveu até por volta de 1530 a.C. quando faleceu com cerca de 30 ou 40 anos. Ela havia sido a ama da rainha Amósis Nofretari, mãe do faraó Amenófis I (c.1525 a 1504 a.C.). A múmia mais recente é de 364 d.C. O estudo sugere que os fatores de risco para doenças do coração podem não estar limitados ao moderno estilo de vida. As doenças cardiovasculares não são sobretudo um mal das sociedades modernas como se supunha há muito tempo. Ao que parece elas eram bastante comuns entre os antigos egípcios. A conclusão a que se chegou é a de que não são apenas os fatores modernos como comida processada ou gordurosa, tabagismo, estilo de vida sedentário e excesso de álcool que causam problemas. Será preciso olhar além dos fatores de risco modernos para entender a doença completamente. Talvez os seres humanos sejam singularmente propensos a arteriosclerose, a qual poderia fazer parte da nossa formação genética e isso reforça a importância de vigilância constante e controle permanente dos fatores de risco para manter a doença sob controle. Se nós vivermos por tempo suficiente, poderemos todos acabar tendo arteriosclerose, mas nossas formações genéticas individuais e estilos de vida podem determinar se aquela arteriosclerose se manifestará clinicamente. Acima vemos fotos de duas das múmias que foram usadas no estudo. A primeira é de de Esankh que viveu no Terceiro Período Intermediário (c. 1070 a 712 a.C.) e a outra é de Djeher que viveu durante a Dinastia Ptolomaica (304 a 30 a.C.).

DEUSA TUÉRIS O teste feito pelos antigos egípcios para verificar se uma mulher estava grávida tinha base científica segundo estudos realizados recentemente. A mulher que acreditava estar grávida deveria urinar sobre sementes de trigo e cevada. Essa prática está registrada em um papiro datado de 1350 a.C. O texto diz aproximadamente o seguinte: Se a semente de cevada brotar e se desenvolver, isso significa que nascerá uma criança do sexo masculino. Se o trigo brotar e prosperar, isso significa que uma criança do sexo feminino chegará em alguns meses. Se os grãos de cevada e trigo nunca brotarem nem crescerem quando uma mulher urinar nas sementes, isso significa que a mulher não está grávida e, portanto, não dará à luz no devido tempo. Os cientistas comprovaram que o teste terá 70% de precisão se ambos os tipos de grãos realmente brotarem e prosperarem quando uma mulher grávida urinar sobre eles, até mesmo nas fases iniciais da gravidez. Embora o teste, é claro, não possa prever o sexo de um bebê, a taxa de precisão é surpreendente. Os grãos germinam com a urina das mulheres grávidas, mas não germinam com a urina de qualquer outra pessoa que não esteja grávida. O teste funciona porque a urina de mulheres grávidas contém um alto nível de estrógeno e progesterona, especialmente o estrógeno que pode ajudar os grãos a brotarem. Na ilustração a deusa Tuéris, a padroeira das mulheres grávidas. Leia mais sobre a maternidade clicando aqui.

CÉLULAS CANCERÍGINAS Se por um lado as doenças cardíacas já afligiam os antigos egípcios, outro estudo, realizado no Reino Unido pelo Centro de Egiptologia Biomédica da Universidade de Manchester, sugere que o câncer é uma doença moderna, causada por fatores ambientais e extremamente rara na antiguidade. Foram analisados restos mumificados, evidências literárias dos papiros e dos antigos escritos gregos, estudos médicos de seres humanos, restos humanos pré-históricos fossilizados e fósseis de animais que datam do tempo dos dinossauros. Os resultados mostraram que entre os humanos e primatas não humanos cânceres eram extremamente raros e os que ocorreram eram de um tipo benigno. Os poucos cânceres malignos achados estavam em primatas não humanos, mas nenhum dos cânceres eram dos tipos achados em humanos adultos modernos. A conclusão foi a de que o câncer é resultado da dieta e da poluição da idade moderna. Apenas um caso de câncer foi encontrado entre centenas de múmias egípcias, e há poucas referências à doença na literatura da época dos faraós. A múmia foi diagnosticada com câncer do reto. Aos que discordaram das pesquisas apontando o fato de que milhares de anos atrás o tempo médio de vida dos seres humanos era de apenas 30 anos, os pesquisadores responderam que a taxa de pessoas com câncer, especialmente em crianças, subiu grandemente desde a Revolução Industrial, mostrando que velhice não é a causa principal da doença. Especialistas afirmam que em sociedades industrializadas o câncer só perde para a doença cardiovascular como causa de mortalidade. Mas antigamente era extremamente raro. Não há nada no ambiente natural que possa causar câncer. Assim, ele tem que ser uma doença produzida pelo homem até em função da poluição e de mudanças da nossa dieta e estilo de vida. Nossa exposição diária ao monóxido de carbono, ondas de rádio, micro-ondas, raios X, corantes alimentícios, benzeno, conservantes de alimentos, subprodutos de plástico, hormônios e fertilizantes realmente podem ter um efeito profundo em nossas chances globais de adquirir câncer. A pesquisa ainda afirma que arteriosclerose, a doença de Paget do osso e a osteoporose existiam no Egito e na Grécia antiga. Tais doenças atingiam as pessoas da antiguidade, mas o câncer era raro, sugerindo que não é somente o fato de nós agora vivermos por mais tempo que causa o aparecimento do câncer. As primeiras descrições de cirurgias de câncer ocorreram no século XVII d.C. e os primeiros relatórios na literatura científica de tipos diferentes de tumores datam dos últimos 250 anos. Textos de 1775 e de 1761 discutem o câncer escrotal nos limpadores de chaminés e o câncer nasal nos consumidores de rapé. Na ilustração, células canceríginas.





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