Descobertas Arqueológicas |
Em 2002 uma equipe hispano-egípcia de arqueólogos iniciou escavações na tumba de Djehuty que foi Supervisor do Tesouro e Supervisor dos Trabalhos da rainha Hatshepsut (c. 1473 a 1458 a.C.), ou seja, seu Ministro da Fazenda e de Obras Públicas. Entre 14 de janeiro e 20 de fevereiro de 2003 os trabalhos prosseguiram, ainda na parte externa do túmulo, e vários objetos interessantes foram encontrados. O mais importante deles foi um ataúde antropomorfo, ou seja, com a forma de uma pessoa. É de madeira pintada de branco suave e os olhos estão pintados de preto. A tampa está talhada com grande esmero e não apresenta inscrições. Provavelmente pertence a uma mulher que viveu durante o Terceiro Período Intermediário (c.1070 a 712 a.C.). Fechado com espigas de madeira, continha uma múmia em bom estado de conservação, embora o ataúde contenha algumas rachaduras. Também foi achado um pedaço de outra tampa de caixão funerário de madeira, pintado de branco suave, representando uma cabeça com olhos em preto, num estilo muito similar ao da peça descrita acima. É provável que seja também do Terceiro Período Intermediário e pode ter pertencido a uma menina, o que se deduz pelo tamanho do pedaço e pelos traços do rosto. Outros achados: a) Tampa de um vaso canopo de cerâmica representando o rosto de um homem com os olhos delineados em preto. Provavelmente é do começo da XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.). O rosto foi moldado separadamente e, depois, unido à tampa oca de barro. b) Estatueta funerária de madeira pintada em cores vivas. O texto, escrito en uma coluna na parte central do corpo, identifica sua propietária como uma cantora de Amon. Deve ser, provavelmente, da XIX dinastia (c. 1307 a 1196 a.C.). c) Fragmento de un vaso de alabastro com uma inscrição que inclue o cartucho de Amósis (c. 1550 a 1525 a.C.), primeiro faraó da XVIII dinastía. d) Tecido de linho em bom estado de conservação. Tem uma inscrição, em tinta vermelha, mencionando que a peça foi elaborada no segundo ano do reinado de Amenófis II (c. 1427 a 1401 a.C.). e) Tábua de madeira da época do reinado de Tutmósis III (c. 1479 a 1425 a.C.), conservada em estado fragmentário, batizada de Tábua do Aprendiz pelos arqueólogos. Sobre uma fina capa de estuque pintado de amarelo suave, foi desenhado um quadriculado em vermelho e, sobre ele, foram traçadas figuras humanas seguindo um cânone de proporções. Sobre um dos lados foram desenhadas duas estátuas de um faraó, representadas olhando de frente. No outro lado, foi desenhada a figura de um faraó caçando aves nas marismas. Além disso, a tábua inclue o começo de um texto didático denominado Kemit. f) Numerosos "cones funerários", uma espécie de selo em relevo com o nome e os títulos de uma pessoa, muitos pertencentes a Djehuty. Um tal Baki, supervisor do gado de Amon, também é mencionado com frequência, bem como uma mulher chamada Ahmose, filha de Ahhotep, ambas supervisoras dos servidores. g) A múmia de um macaco em bom estado de conservação, embora a cabeça esteja separada do corpo. h) Numerosos fragmentos de cerâmica de vários períodos da história egípcia, pequenas estatuetas funerárias sem inscrições, restos humanos desmembrados, etc. |
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