Descobertas Arqueológicas

TERMOGRAFIA DA PIRÂMIDE Tanto foi falado da possível existência de câmaras ocultas nas pirâmides que, em 2015, os arqueólogos egípcios resolveram estudar o assunto novamente. Digo novamente porque em 1968 tentativas neste sentido já haviam sido feitas como você pode verificar clicando aqui e aqui.

Como em tentativas anteriores, serão empregados raios cósmicos e imagens térmicas para examinar o interior de quatro pirâmides. A pirâmide torta em Dahshur será o primeiro alvo, seguida pela pirâmide vermelha e depois pelas duas grandes pirâmides: a de Kéops e a de Kéfren. As tecnologias usadas não causarão qualquer dano aos monumentos. Pretende-se também descobrir algo mais a respeito de como as pirâmides foram construídas. O estudo deverá se estender até o final de 2016.

Serão três as técnicas empregadas: termografia por infravermelho, varreduras 3D com lasers montados em drones e, finalmente, detecção de raios cósmicos. A primeira detecta a energia infravermelha emitida pelo objeto, converte-a em temperatura e exibe uma imagem da distribuição dessa temperatura para revelar objetos que possam estar ocultos. Já os lasers refletem pulsos estreitos de luz do interior de uma estrutura para mapeá-la em detalhes. Quando a varredura se completa os dados podem ser combinados em um modelo 3D altamente detalhado. A última técnica detecta múons, partículas elementares semelhantes ao elétron, que são criados quando os raios cósmicos atingem a atmosfera. Eles passam inofensivamente através de pessoas e edifícios. Quando viajam através da rocha ou outro material denso diminuem sua velocidade e eventualmente podem parar. A ideia é pegar os múons depois que eles passaram pela pirâmide e medir suas energias e trajetórias. Os pesquisadores podem então compilar uma imagem 3D que revelará existência de câmaras ocultas. Em uma pirâmide as paredes bloquearão a maior parte destas partículas vindas do espaço, mas se for detectada uma quantidade maior delas fluindo em determinada direção, isso indicará que há uma rachadura na parede, o que pode significar que há uma câmara secreta naquela direção.

PONTO MAIS QUENTE DA PIRÂMIDE Os trabalhos começaram no final de outubro de 2015 e após duas semanas de varredura térmica por infravermelho foram identificadas grandes anomalias no lado leste da pirâmide de Kéops que poderiam indicar áreas vazias dentro da pirâmide, correntes internas de ar ou o uso de diferentes materiais de construção. Temperatura mais alta foi detectada em três pedras adjacentes da base da pirâmide. A varredura foi realizada em vários momentos do dia, inclusive durante o nascer do sol, quando as estruturas são aquecidas externamente e durante o pôr do sol, quando as pirâmides estão esfriando. Outra anomalia calórica foi detectada na metade superior do monumento e a causa destes fenômenos ainda precisa ser investigada. A verdade é que o espaço vazio não retém o calor tão bem quanto a rocha ou o solo. Portanto, as anomalias de calor fornecem pistas sobre os recursos estruturais abaixo ou além da superfície que está sendo digitalizada. Elas poderiam apontar para câmaras escondidas ou passagens secretas. No entanto, as anomalias também podem ser causadas por diferenças menos espetaculares na estrutura como, por exemplo, fraturas na rocha subjacente. A foto do alto desta página mostra que a temperatura de determinada área é um pouco mais elevada do que a da área ao seu redor. A segunda foto mostra as pedras nas quais a anomalia foi detectada. Até 31 de dezembro de 2015 nada mais significativo havia sido descoberto. Fotos © projeto Scan Pyramids.




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