A arte da fabricação de vasos de pedra surgiu no Egito antes do período dinástico, tendo alcançado alto grau de perfeição já a partir da I dinastia (c. 2920 a.C.) e perdurando por séculos a fio. Alabastro (espécie de mármore, branco ou listrado, translúcido e pouco duro), pórfiro (espécie de mármore, muito duro, vermelho ou verde e salpicado de manchas de várias cores), diorito (rocha eruptiva, ordinariamente de cor verde-escura) e outras pedras eram usadas como matéria-prima. Além de vasos, fabricava-se, também em pedra, jarras, ânforas, tijelas, taças, bacias, as quais podiam apresentar figuras de animais ou humanas. A utensilagem era muito simples – explica Pierre Montet. A ferramenta mais característica era uma broca encavada num pedaço de madeira, guarnecida de couro na extremidade superior. O artífice rolava-a nas mãos tendo o seu bloco de pedra apertado entre os joelhos. Por vezes, havia contratempos: à força de escavar perfurava-se a parede, mas esta infelicidade era reparável. Cortava-se cuidadosamente a parte deteriorada e punha-se um remendo. Outro material utilizado no fabrico de vasos era a assim chamada faiança egípcia, uma invenção daquele povo. Trata-se de um material formado de seixos de quartzo partido que, podendo ser fundido, esculpido, talhado e inflamado, gerava uma substância vidrada e brilhante. Inicialmente produzida nas cores azul ou verde, foi posteriormente fabricada em branco, amarelo, violeta, vermelho, preto e até mesmo em duas ou mais cores. Esta arte se manteve viva durante toda a história egípcia.
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