Descobertas Arqueológicas |
Em julho de 1998 o Dr. Zahi Hawass, o mais importante arqueólogo do Egito, responsável pela supervisão e controle de todas as escavações naquele país, descobriu o que foi chamado de uma Tumba de Osíris simbólica. Ela está localizada sob a calçada que ligava o templo do vale ao templo mortuário da pirâmide de Kéfren e faz parte de um conjunto que se inicia a cerca de sete metros e 60 centímetros de profundidade.
Os pilares se apoiam sobre um solo rochoso em nível elevado que forma um retângulo ao redor da depressão com cerca de 90 centímetros de largura. O salão que forma o segundo nível tem 15 metros de comprimento, os dois sarcófagos do local pesam 12 toneladas cada um, estavam vazios e a cerâmica e os ossos ali encontrados foram datados de 500 anos a.C. Em seu site o Dr. Hawass comenta: Esta descoberta fez lembrar as palavras de Heródoto quando ele disse que Kéops foi enterrado dentro de um sarcófago de granito e que havia água próximo da pirâmide de Kéops. As pessoas sempre se admiraram com essas palavras, mas ninguém jamais descobriu o local exato. Até mesmo Heródoto admitiu que ele nunca vira o sepulcro com seus próprios olhos, porque jamais fora capaz de descer pelo poço. Ele deve ter baseado seus escritos nas palavras dos guias. O sarcófago estava tampado, seu peso estimado foi de 12 toneladas e, ao ser destampado, viu-se que estava vazio. O arqueólogo também narra que fez outra descoberta: encontrou inscrito no solo o hieróglifo que significa "casa". É sabido que no Império Novo (c. 1550 a 1070 a.C.) o planalto de Gizé era conhecido como a casa de Osíris, senhor dos túneis subterrâneos e, muito provavelmente, o nome egípcio do planalto reflete os túneis existentes nesse local. Na opinião do Dr. Hawass a câmara mais profunda, situada a cerca de 30 metros de profundidade, deve ser uma tumba simbólica do deus Osíris. Essa divindade controlava, acreditavam os egípcios, os túneis subterrâneos e os túmulos dos faraós enterrados por sob as pirâmides. O sarcófago representaria o próprio Osíris em repouso no centro do ambiente circundado pela água, sugerindo o monte primevo da criação, e os quatro pilares representariam o palácio da divindade. No Período Tardio (c. 712 a 332 a.C.) foi perfurado um túnel com seis metros de comprimento na parede oeste da câmara, mas ele não leva a nenhum outro compartimento. Pelos objetos resgatados, peças de madeira, cerâmica e ossos, concluiu-se que o nível mais profundo deve ter sido perfurado por volta de 1550 a.C. Veja também: Outra Tumba de Osíris.
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