Em agosto de 2015 o arqueólogo britânico Nicholas Reeves afirmou que devem existir no túmulo do faraó Tutankhamon (c. 1333 a 1323 a.C.) duas portas secretas que, supostamente, levariam a câmaras ocultas nas quais estariam a múmia e os tesouros de Nefertiti. A suposição foi baseada na análise de fotografias de alta resolução das paredes daquela tumba que foram tiradas para o trabalho de criação de uma réplica do recinto. As imagens parecem mostrar rachaduras nas paredes que podem ser indicativos da existência de duas passagens que foram bloqueadas e depois rebocadas e pintadas. Segundo Reeves, o túmulo do faraó foi na realidade construído como uma extensão de uma tumba pré-existente e tem o tamanho de uma antecâmara e não a dimensão de um túmulo adequado para um rei egípcio, provavelmente em função da morte súbita do rei.
Em setembro as autoridades egípcias autorizaram o uso de tecnologia não-invasiva do túmulo para confirmar ou desmentir a hipótese levantada pelo arqueólogo. Em novembro os primeiros resultados da termografia infravermelha realizada indicaram que uma área da parede norte da tumba tem temperatura diferente da de outras áreas da mesma parede. Isso poderia significar que um espaço aberto, ou câmaras adicionais, estariam localizadas atrás do muro. Varreduras de radar confirmaram que há um espaço oco atrás da parede, embora não tenha sido possível determinar o seu tamanho. De acordo com os pesquisadores, a chance da existência de uma câmara oculta havia subido de 60 para 90%. Até 31 de dezembro de 2015 a situação era essa. Na ilustração acima, o espaço marcado com "X" conteria o tesouro, enquanto que o marcado com "Y" conteria a múmia.
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