Arqueológos egípcios descobriram, em meados de 2004, muralhas situadas na entrada oriental do antigo Egito, ao norte da península do Sinai. As descobertas incluiram três fortificações na área de Tharu, uma antiga cidade que ficava em um braço do Nilo que secou há muito tempo. As construções situavam-se na antiga via chamada Estrada de Hórus, uma artéria vital do ponto de vista comercial e militar entre o Egito e a Ásia. Elas estão aproximadamente 32 quilômetros a leste do Canal de Suez e formam parte das defesas que se estendiam ao longo daquela rota. Essa estrada foi fortificada ao longo dos séculos, a partir do Império Médio, iniciado por volta de 2040 a.C, até o Período Greco-romano, iniciado ao redor de 332 a.C. A presença de três fortes na mesma área, cada um construído sobre as ruínas do anterior, confirma a importância estratégica do local, particularmente da cidade de Tharu, como a entrada para o vale de Nilo a partir do leste. Uma das fortificações data da era dos hicsos, um povo que se acredita tenha invadido o Egito por volta do século XVII a.C. Provavelmente ele foi destruído nas batalhas travadas quando os invasores foram expulsos por Kamósis (c. 1555 a 1550 a.C.) e Amósis (c. 1550 a 1525 a.C.). Seti I (c. 1306 a 1290 a.C.), um dos grandes faraós guerreiros do Egito, realizou campanhas ao longo da Estrada de Hórus. Suas façanhas estão registradas em relevos no complexo de templos de Carnaque. Outro achado foi um grupo de construções, que inclue a parede sul de uma cidade fortificada, datadas do período compreendido entre o XVI e o XIV séculos a.C. Finalmente, achou-se também um forte usado desde a época dos hicsos até a era persa, que começou em 525 a.C. |