Em julho de 2013 arqueólogos da Universidade Hebréia de Jerusalém revelaram que haviam descoberto no Parque Nacional de Tel Hazor, ao norte do Mar da Galiléia, parte de uma esfinge sem precedentes pertencente a Miquerinos (c. 2490 a 2472 a.C.). A peça que representa dois pés, mas num formato de mãos, tem hieróglifos entre eles com o nome daquele faraó. A inscrição também inclui a frase: Amado pela manifestação divina que lhe deu vida eterna. A esfinge de granito deve ter pesado cerca de 500 quilos, alcançando 1,50 metros de altura e 45 centímetros de comprimento. A base encontrada tem cerca de 40 centímetros de altura e pesa, aproximadamente, 40 quilos. Esta é a única esfinge deste rei já descoberta em qualquer parte do mundo, incluindo o Egito.
Em verdade a esfinge fora descoberta em agosto de 2012, mas sua existência só foi divulgada após limpeza e restauro. Ela deve ser oriunda de Heliópolis, a cidade bíblica de On, ao norte do atual Cairo. É altamente improvável que tenha sido trazida para o local onde foi encontrada durante o tempo de Miquerinos, já que não há registros de qualquer relação entre o Egito e Israel naquela época. Mais provavelmente a estátua foi trazida para Israel durante a dinastia dos reis Hicsos. Documentos descobertos em Hazor e em locais no Egito e no Iraque atestam que a cidade manteve relações culturais e comerciais com Egito e Babilônia. Artefatos artísticos, incluindo alguns importados de cidades vizinhas ou distantes, foram descobertos no local. Hazor, fundada por volta de 2700 a.C., foi a maior localidade da era bíblica em Israel, cobrindo cerca de 81 hectares. A cidade, construída na rota entre o Egito e a Babilônia, abrigava cerca de 20.000 pessoas e é citada no Livro de Josué. A peça foi incontrada perto do palácio real da cidade histórica. Atualmente situa-se em um dos parques nacionais israelitas.
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