Este jovem cujo rosto foi reconstituído tinha cerca de 12 a 14 anos de idade quando faleceu. Deve ter vivido no período da Dinastia Ptolomaica (304 a 30 a.C.). Sua múmia foi coberta com uma máscara produzida pelo processo de cartonagem com detalhes pintados com ouro. Segundo a inscrição do caixão seu nome era Minirdis, filho de Inaros, sacerdote do deus Min responsável por lavar ritualmente e vestir a estátua do deus e, portanto, seu pai era um indivíduo poderoso. O menino teria, provavelmente, herdado o ofício do pai caso tivesse crescido. O escaneamento demonstrou que o rapaz tinha boas condições físicas, sem evidência de desnutrição ou doença. Não foi possível determinar porque teria morrido tão cedo. A reconstituição do rosto que vemos acima foi feita pela premiada artista forense francesa Élisabeth Daynès, a quem pertence o copyright da foto.
O sarcófago no qual ele se encontrava é proveniente do cemitério de Akhmin, situado 480 km ao sul do Cairo na margem oriental do Nilo, e foi adquirido em 1925 pelo Field Museum de Chicago. A máscara mortuária e os dedos do pé enegrecidos são as únicas partes visíveis da múmia. O resto do corpo adolescente permanece embrulhado numa mortalha amarelada e nas bandagens, tudo muito frágil. Foi possível perceber que algum tempo depois da múmia ter sido envolta em bandagens ela deslizou para baixo no caixão. Talvez alguém tenha tentado colocar o ataúde na vertical e isso causou muito dano. As pernas da múmia se quebraram nos joelhos e os pés deslocaram-se para os lados. Um dos ossos do calcanhar se deslocou para cima por sob as pernas ficando preso contra a tampa do caixão. A máscara de cartonagem que vemos ao lado foi arrastada para a esquerda e, ao girar, ficou parcialmente esmagada e se danificou. O fundo do caixão está decorado com a figura da deusa Nut. Acima, foto do ataúde de Minirdis, cujo copyright é de Sophie Hammond-Hagman.
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