Durante 28 anos, usando ferramentas fabricadas com pedaços de ferro velho, um homem chamado Edward Leedskalnin construiu, absolutamente sozinho, um castelo e tudo o que está em seu interior com blocos de coral, sendo que alguns chegam a pesar 30 toneladas. De alguma maneira ele conseguiu movê-los e fixá-los no lugar sem ajuda ou uso de maquinaria moderna. E nisso reside o mistério. Como ele fez isso? A maneira como ele deslocou esses pesos colossais continua sendo totalmente desconhecida, mais de meio século após sua morte. |
É consenso entre os egípcios que eles inventaram a dança oriental, ou dança do ventre, como é geralmente conhecida entre nós, e que permanecem sendo seus únicos praticantes verdadeiros. A existência no Egito de dançarinas de outros países, tais como Austrália, Brasil e Estados Unidos, é vista com maus olhos e até mesmo com indignação. O argumento é o de que falta a essas mulheres treinamento formal naquela arte, enquanto que ela está no íntimo de cada mulher egípcia. Mas o que era apenas mera tradição, virou lei em janeiro de 2004. As estrangeiras foram proibidas de fazer solo de dança do ventre nos cabarés do Cairo e de outras cidades turísticas do Egito. A alegação oficial é a de que essas pessoas estavam roubando empregos das mulheres egípcias. Entretanto, muitos no mundo da dança acreditam que o governo egípcio suspeita do envolvimento de algumas das mulheres estrangeiras com a rede de prostituição. A lei restritiva acabou sendo revogada alguns meses mais tarde. A atitude dos egípcios com relação às suas dançarinas sofre de uma certa ambivalência: em tese há orgulho na dança, mas nenhuma família respeitável deseja que sua filha siga essa profissão. Ao mesmo tempo que não querem que a dança desapareça, não a alimentam por causa do estígma que a cerca. A dança desperta uma poderosa sensualidade feminina, mas também uma profunda desconfiança. Com tudo isso, poucos casamentos de egípcios abastados acontecem sem uma exibição de dança do ventre. Uma dançarina de renome, das quais existem apenas umas cinco ou seis, podem cobrar cerca de 2 mil dólares por um espetáculo de 45 minutos. A mais célebre delas é conhecida pelo nome de Dina e se apresenta como uma artista de elevada categoria, enfatizando sua graduação em filosofia. Vestida com roupas que escondem tanto quanto um bikini, ela faz deslocamentos pélvicos e outros movimentos que tradicionalmente não fazem parte do repertório. Embora o Cairo permaneça sendo o centro mundial para mulheres que desejam aprender a dança, a profissão sofreu uma certa baixa no Egito, com a diminuição do número de hotéis requintados que contratam bailarinas. As origens da dança do ventre permanecem obscuras, mas os egípcios a reivindicam para si porque alguns relevos da época das faraós mostram jovens escassamente vestidas com seus quadris obviamente em movimento, acompanhadas por pequenos conjuntos de homens tocando tambores e pandeiros. |
A peste bubônica, ou Morte Negra, pode ter surgido no antigo Egito, de acordo com um estudo recente. É bem provável que a doença tenha se originado na aldeia onde viviam os construtores da tumba de Tutankhamon. Esta é a primeira vez em que se identificou o Egito como a origem da peste através de uma evidência arqueológica.
Embora a maioria dos pesquisadores considere a Ásia central como o local de nascimento da epidemia mortal, os novos estudos sugerem um ponto de partida alternativo. A bactéria que causa a peste bubônica vive dentro do intestino de seu principal transmissor, a pulga. Dentro do inseto as bactérias se multiplicam e bloqueiam a área que forma o que seria a sua garganta, tornando-o cada vez mais faminto. Quando a pulga morde, cospe algumas bactérias dentro da ferida da mordida. Eva Panagiotakopulu, arqueóloga da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, especializada em fósseis de insetos, descobriu por acaso as pistas da existência da peste bubônica no Egito. Nos últimas décadas ela tem procurado estudar os restos de insetos fossilizados para aprender a respeito da vida cotidiana de mais de 3000 anos atrás. Considerando que as pessoas conviviam com animais domésticos e com transmissores de pragas que infestavam as moradias, a pesquisadora voltou-se para a análise de doenças que animais e seres humanos poderiam vir a ter e daquelas passíveis de serem transmitidas de animais para pessoas. A pesquisadora extraiu restos de insetos e de pequenos mamíferos de vários locais, numa busca de reconstrução do passado. Eu posso aprender sobre como as pessoas viviam olhando em suas casas e naquilo que convivia com elas e nelas, afirmou Eva. A arqueóloga vasculhou o sítio da aldeia de trabalhadores em Amarna, onde viveram os construtores das tumbas de Tutankhamon e Akhenaton. Aí ela desenterrou, nas casas e em seus arredores, gatos e pulgas, conhecidos por serem transmissores de pestes em algum casos. Esse achado levou Panagiotakopulu a acreditar que as bactérias da peste bubônica, disseminadas pelas pulgas, também pudessem ter estado presentes naquela área e, assim, ela saiu à procura de outras pistas. Escavações anteriores ao longo do Delta do Nilo tinham desenterrado espécies endêmicas de ratos, datadas do XVI e XVII séculos antes de Cristo. Acredita-se que a principal pulga portadora da peste é nativa do vale do Nilo, sendo conhecida como parasitária do rato do Nilo. De acordo com a pesquisadora, o Nilo forneceu um ambiente ideal para os ratos transportarem a peste para as comunidades urbanas. Por volta de 3500 a.C., as pessoas começaram a construir cidades próximas ao Nilo. Durante as inundações, o habitat do rato do Nilo se transtornava, remetendo o roedor, sua pulga e seus caroneiros bacterianos para o território humano. Textos egípcios referem-se a uma doença epidêmica com sintomas semelhantes aos da peste bubônica. O Papiro Ebers, um texto médico datado de 1500 a.C., identifica uma doença que produzia uma íngua e petrificava o pus. |
Os números como os conhecemos hoje só surgiram na Idade Média. Anteriormente usava-se um sistema numeral alfabético que até agora se acreditava ter sido inventado pelos gregos. Pesquisas recentes, entretanto, sugerem que os gregos pediram emprestado dos egípcios seu sistema de contagem e não o desenvolveram eles mesmos como se acreditou por muito tempo. Os numerais alfabéticos gregos foram empregados pelo matemático e físico Arquimedes, pelo filósofo Aristóteles e pelo matemático Euclides, entre outros. Uma análise feita por Stephen Chrisomalis, professor de uma universidade canadense, mostrou semelhanças notáveis entre os numerais alfabéticos gregos e os numerais demóticos usados no Egito entre o final do VIII século a.C. e cerca do ano 450 da nossa era. Ambos os sistemas usavam base de nove sinais, de forma que unidades individuais estavam compreendidas entre 1 e 9, as dezenas eram contadas entre 10 e 90 e assim por diante. Nos dois sistemas faltava um símbolo para o zero e eles eram não posicionais, ou seja, a posição relativa de um numeral não guardava relação com o seu valor. Tais características tornavam o sistema um pouco incômodo de ser usado, mas a humanidade teve que esperar até os tempos medievais pelas inovações agilizadoras do zero e dos valores posicionais inventados pelos sábios muçulmanos. O autor da pesquisa acredita que uma explosão do comércio entre a Grécia e o Egito depois do ano 600 a.C. fez com que o sistema fosse adotado pelos gregos. Os comerciantes gregos podem ter visto o sistema demótico em uso no Egito e tê-lo adaptado para suas próprias necessidades, já que naquela época havia grande volume de contato entre gregos e egípcios. |
Existem mais teorias a respeito da finalidade da Grande Pirâmide do que o número total de pirâmides existentes no Egito. Uma das mais recentes afirma que o monumento foi construído para desalinização de água, ou seja, para transformar água salgada em água potável. O teórico dessa idéia é Gerald Dupont, um constructor autônomo canadense de 49 anos de idade. Ele alega ter investigado o assunto durante seis anos e que a época da construção daquela obra gigantesca coincide com a época bíblica do dilúvio. Os antigos egípcios teriam então arquitetado o enorme destilador provavelmente naquele mesmo momento, quando havia carência de água fresca. Embora Dupont nunca tenha estado no Egito, considera-se um perito em pirâmides, pois leu inúmeras publicações a respeito e até mesmo construiu, em escala de 1 para 60, um modelo de aço inoxidável das câmaras internas da pirâmide de Kéops. Este homem supõe que a câmara subterrânea da monumento era enchida com água, que a seguir era fervida. O vapor subia pela câmara interna da pirâmide, a qual tem uma estrutura conveniente para o processo de destilação. Ele garante que engenheiros especializados em máquinas a vapor, em hidráulica e em refrigeração poderão atestar que isso funciona. Gerald Dupont pretende publicar um livro sobre suas pesquisas. Estaremos atentos. |
Um novo método de mumificação que emprega a mais moderna tecnologia encontra-se disponível para quem possa pagar seu alto preço. Está sendo oferecido por um grupo religioso norte-americano que prega a importância da preservação do corpo após a morte. Por aproximadamente 67 mil dólares os interessados poderão ter o corpo cuidadosamente preservado através de um processo patenteado que inibe a deterioração sem desidratar a carne, mantendo, assim, a boa aparência após a morte. Baseada parcialmente nos processos egípcios, a mumificação moderna também extrai os órgãos internos que são limpos e repostos no corpo, o qual ficará imerso numa solução preservativa por seis meses. Mas você não confundiria essa múmia moderna com as que aparecem no filme A Múmia. Nos estágios seguintes do processo atual o corpo é coberto com lanolina e envolto em gaze de algodão. Depois é revestido por uma dúzia de camadas de borracha de poliuretano, que ao secarem ficam tão duras quanto um pneu, seguidas por camadas de bandagens de fibra de vidro, as quais são usadas para fixar o corpo na posição desejada. O corpo mumificado será colocado num ataúde de bronze feito sob medida, como esse que podemos ver na foto acima, que poderá ser enterrado como qualquer outro caixão. Mais de 200 pessoas já se inscreveram para usufruir o serviço, sendo que algumas pagaram antecipadamente. Enquanto elas não morrem, a empresa vem mumificando bichinhos domésticos como cães (20 mil dólares cada), gatos (9 mil dólares cada), passarinhos e papagaios. Houve até quem quisesse saber quanto custaria mumificar uma tarântula de estimação. Como o organismo sofre poucos danos nesse processo, a organização, cujo nome é Summum acredita que o corpo ficará em bom estado para uma futura clonagem. Atualmente os cientistas estão clonando células vivas na esperança de que um dia poderão regenerar um tecido morto. Os interessados nos serviços oferecidos pela Summum acreditam que, quando aquele dia chegar, eles poderão voltar do plano espiritual e retomar seus corpos. Mas Charles R. Long, cientista que apresentou ao mundo o primeiro gato clonado, difere dessa opinião. Ele afirma que aquelas pessoas poderão esperar eternamente. Há uma diferença entre ficção científica e ciência do futuro — ele diz — Nós nunca poderemos criar vida. Long explica que os procedimentos de clonagem atuais transferem material genético de uma célula viva para outra. Isto significa que tecidos tirados de animais vivos ou recentemente falecidos servirão, mas a noção de que o material genético pode ser tirado de múmias e então regenerado, é incorreta. |
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