Um cemitério e uma área residencial foram descobertos em Abido, em novembro de 2016, cerca de 400 metros de distância do Templo de Seti I (c. 1306 a 1290 a.C.). Datam da época da Primeira Dinastia (c. 2920 a 2770 a.C.), quando se pensa que a localidade era a capital do país. Acredita-se que ambos tenham sido usados tanto por altos funcionários encarregados de supervisionar a construção das tumbas para a antiga família real, quanto pelos trabalhadores que realmente construíram os túmulos.
Arqueólogos encontraram o que sobrou de moradias feitas de tijolos de barro e materiais orgânicos, que agora estão muito deterioradas, além de cerâmica, ferramentas de pedra e outros restos da vida cotidiana dentro das estruturas, indicando que a cidade fornecia comida e bebida aos operários que trabalhavam no cemitério adjacente. Foram descobertos quinze grandes túmulos de tijolos de barro similares a mastabas. Em um deles havia os restos de uma pessoa em posição fetal. Embora provavelmente as pessoas enterradas neste cemitério não fossem faraós, muitos dos primeiros governantes do Egito foram enterrados em Abido em locais não muito distantes da cidade. Um deles foi o faraó Aha, sepultado com criados, anões, leões e cachorros. A grande dimensão das tumbas ressalta a importância dos que estão enterrados nelas. Em alguns casos as sepulturas descobertas são maiores do que as sepulturas reais da mesma época, o que prova a influência e o status social de seus proprietários durante esse período inicial da história egípcia, Nas ilustrações, uma das estruturas desenterradas e o túmulo com o esqueleto. Fotos © Egyptian Ministry of Antiquities.
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