Um canal ligando o Nilo às antigas pedreiras de Assuão, das quais os obeliscos eram extraídos, foi descoberto pelos arqueólogos no início de 2007. Acredita-se que ele foi usado para transportar alguns dos maiores monumentos de pedra do antigo Egito do local onde foram talhados para o rio. Há muito tempo se suspeitava de que os antigos trabalhadores moviam os volumosos artefatos para seus destinos finais por meio de vias fluviais. Diversos relevos mostram o uso de barcos ou barcaças para mover grandes monumentos, como obeliscos e estátuas, e também já haviam sido descobertos canais nas pirâmides de Gizé e no Templo de Luxor. Mas este canal encontrado é a primeira prova descoberta nas pedreiras de granito de Assuão. Quase todos os obeliscos, inclusive os de Luxor e Karnak, foram cortados originalmente nessa área. Os maiores obeliscos podem pesar mais de 50 toneladas. Os especialistas afirmam que o canal provavelmente era inundado de água durante as cheias anuais do Nilo. Os trabalhadores arrastavam os grandes monumentos de pedra sobre balsas até um ponto abaixo do nível da inundação, permitindo que os artefatos flutuassem quando o nível da água subisse. O canal era provavelmente uma divisão natural da pedreira de granito, aproveitado e remodelado pelos operários para torná-lo mais funcional. Geólogos acharam marcas de ferramentas ao longo do canal, semelhantes àquelas existentes onde os obeliscos eram retirados. Os cientistas puderam traçar aproximadamente 139 metros do canal, mas não puderam prosseguir porque o local desemboca em uma moderna rodovia. O local pesquisado encontra-se dois quilômetros distante do Nilo e acredita-se que o canal ficasse mais largo e mais fundo antes de se unir a outro canal principal. Descobriu-se também na região linhas guia usadas no processo de talhar os obeliscos e desenhos de golfinhos e avestruzes. Na foto um obelisco com 32 metros de altura, proveniente do templo de Amon em Tebas, que hoje se encontra na praça São João de Latrão, em Roma.
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