Em dezembro de 2012 pesquisadores divulgaram que a garganta do faraó foi cortada por uma lâmina afiada quando ele ainda estava vivo. Imagens tomográficas revelaram o ferimento. A traquéia foi claramente cortada, as duas extremidades se retrairam e formaram uma fenda de 3 centímetros. Na superfície anterior da sétima vértebra cervical é bem visível um pequeno corte. Todos os órgãos nesta região, a traquéia, o esôfago, e os grandes vasos sanguíneos, foram cortados. A extensão e a profundidade da ferida indicam que ela pode ter causado a morte imediata do faraó. Entretanto, não existe certeza absoluta quanto a isto. A possibilidade do ferimento ter sido causado pelos embalsamadores é muito remota. As imagens também revelaram que na ferida há um amuleto que representa o assim chamado Olho de Hórus, um símbolo comum de proteção contra acidentes e para a restauração da força física. Os egiptólogos pensam que a garganta cortada e o amuleto provam claramente que o faraó foi assassinado. O amuleto teria sido colocado na ferida após a morte para permitir a completa recuperação do rei no além-túmulo e os sacerdotes cobriram o pescoço da múmia com um colarinho de camadas grossas de linho.

Os pesquisadores também examinaram a múmia de um homem que se supõe ser de Pentewere, o filho de Ramsés III que Tiy queria ver no poder. A conclusão a que chegaram foi a de que existe coincidência de cerca de 50% entre o material genético do faraó e o desta múmia. Provavelmente tal corpo é mesmo do filho de Ramsés III. Para se alcançar uma certeza de 100% seria necessário examinar a múmia de Tiy que, infelizmente, ainda não foi encontrada. Veja também Acharam Pentewere?

ATUALIZAÇÃO

Em 2016 novas pesquisas radiológicas revelaram que o faraó foi atacado por pelo menos duas pessoas que usaram armas diferentes, uma vez que o dedão do pé esquerdo do rei foi cortado, provavelmente com um machado. Então deve ter havido um assassino que o atacou pela frente com um machado ou espada e outro que o atacou pelas costas com uma faca ou um punhal, ambos agindo ao mesmo tempo. Após a morte foi feita uma cirurgia cosmética para melhorar a aparência da múmia. Os embalsamadores fabricaram uma espécie de prótese de linho para substituir o dedo. Além disso espalharam grossas camadas de resina para cobrirem as bandagens dos pés, escondendo assim o grande segredo, como pode ser observado ao lado. Seis amuletos foram colocados ao redor do pé destinados a promover a cura do dedo danificado na vida após a morte. Foto © Sahar Saleem e Zahi Hawass.