Descobertas Arqueológicas

OUTRA ESTATUA DE TEYE



ESTÁTUA DE TEYE Uma estátua quase intacta da rainha Teye, esposa principal de Amenófis III (c. 1391 a 1353 a.C.) e mãe do faraó Akhenaton (c. 1353 a 1335 a.C.), foi encontrada em janeiro de 2006. A peça, em granito negro, foi considerada uma verdadeira obra-prima da arte egípcia e descoberta na área localizada atrás do lago sagrado do templo da deusa Mut em Luxor. Ela estava a apenas 30 cm. abaixo do solo, o que demonstra quanto o antigo Egito ainda nos reserva de surpresas. Embora faltem as pernas e um dos braços da estátua, ela se apresenta no resto bem conservada e tem 160 cm. de altura e 43 cm. de largura. A rainha usa o toucado típico de realeza, com suas najas e uma águia, encimado por uma coroa com 11 inscrições hieroglíficas referentes a Amenófis III. A estátua é de uma época na qual estava emergindo uma tendência para representação mais natural da forma humana, uma característica que alcançou seu zênite durante o reinado de Akhenaton. Em 2004 já havia sido encontrada uma estátua desta rainha. Veja a notícia clicando aqui.

Teye, de origem Nóbia, teve seis filhos, teria falecido em 1338 a.C. e foi a primeira rainha do Egito a ter seu nome registrado em atos oficiais ao lado do nome do marido. Ela ficou conhecida por sua influência nos negócios estatais nos reinados de seu marido e de seu filho, durante o período de prosperidade e poder da XVIII dinastia (c. 1550 a 1307 a.C.). A arqueóloga Betsy Bryan, professora de Arte e Arqueologia Egípcia da Johns Hopkins University, em Baltimore, que chefiou a equipe que fez a descoberta, explicou que a estátua foi encontrada de bruços sob o piso do templo, o qual deve ter sido construído por volta de 700 a.C. Tudo indica que a peça foi lançada juntamente com pedregulho para preencher o alicerce durante obras de expansão daquele templo. A razão para o uso da estátua de uma rainha importante como material de construção é desconhecida, mas não parece ter sido atitude ónica, já que não havia qualquer escrópulo na reutilização ou destruição de monumentos do faraó anterior por seu sucessor. O fato da estátua de Teye ter sido descartada, nesse caso, pode ter sido apenas uma questão de abrir espaço para obras de arte mais novas. Quando os egípcios renovavam edifícios, não tinham nenhuma compunção em pegar estátuas antigas e enterrá-las. Às vezes, como nesse caso, a atitude foi benéfica para nós, pois ajudou a preservar a obra de arte.


Veja também: Estátua de Teye, Mais uma Estátua de Teye e Templo de Amenófis III




ANDARILHOSRetorna

HOME PAGEHome page