Descobertas Arqueológicas |
Desde 1991 que os arqueólogos estão escavando no local onde se situou Behdet, a cidade mais ao norte do Delta nilótico na época faraônica e que teve sua ocupação iniciada por volta de 2400 a.C. e permaneceu habitada até o começo do VI século da nossa era. Na antiguidade era um porto no estuário de um dos braços do Nilo. O templo principal do local foi dedicado ao deus Amon. As escavações revelaram três fases de construção entremeadas com períodos de negligência e demolição.
Ao longo das várias fases o templo permaneceu no mesmo ponto. O templo mais antigo do qual há evidência no local está datado da XIX dinastia (c. 1307 a 1196 a.C.), mas nada do edifício de pedra original permaneceu no lugar. Sua posição só foi determinada pela descoberta do muro de vedação, construído com adobe, que cercava o templo. Essa parede, com espessura de mais de onze metros, foi localizada através da escavação em três lados do templo e o local de seus portais estabelecido. O único elemento de pedra que sobreviveu deste templo foi a parte inferior de uma estátua colossal de Ramsés II com o deus Amon e a deusa Mut, que foi reutilizada na construção de um portal muito posterior. Uma inscrição nessa estátua informa o primeiro nome da cidade: Sma-Behdet.
Foram encontrados restos mais significativos da reconstrução do templo no O templo de Shoshenk III foi aumentado pelos reis da XXVI dinastia (664 a 525 a.C.) com a adição em sua fachada de uma passagem em colunas e de outro enorme pilone com 75 metros de largura, um dos maiores conhecidos no Egito. Mas de tudo isso só resta o leito de areia das fundações e, infelizmente nesse caso, nenhum depósito de fundação foi preservado para identificar o construtor mais precisamente. É provável que essa fase tenha sido iniciada pelo faraó Psamético I (664 a 610 a.C.), que se sabe ter construído um pequeno templo na parte sul do local e um novo muro de vedação ao redor da totalidade da área sagrada. Os pesquisadores do sítio concluíram que o templo de Amon foi completamente demolido algum tempo após o final da XXVI dinastia em 525 a.C. O local sagrado foi então usado para atividades seculares, tais como a construção de fornos para cerâmica e a abertura de covas para lixo e permaneceu negligenciado até que o templo foi mais uma vez reconstruído sob o reinado de Nectanebo I (380 a 362 a.C.).
A parte traseira desse novo templo se assenta diretamente em cima da
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