Graças aos avanços da ciência e da tecnologia, hoje em dia podemos apreciar imagens realistas de como era Ramsés II (c. 1290 a 1224 a.C.) em várias fases de sua vida. Para recriar o rosto do faraó, especialistas da Universidade do Cairo e do Face Lab da Universidade John Moores de Liverpool usaram primeiramente tomografias computadorizadas da múmia do faraó feitas entre 2005 e 2009. Um software especializado usou as varreduras e identificou as propriedades das várias camadas de materiais do rosto como bandagens de linho sobrepostas, por exemplo, o que permitiu o desembrulhar digital da face. Embora o faraó tenha morrido por volta dos 90 anos, seu rosto foi rejuvenescido por várias décadas para mostrá-lo na meia idade, a fase áurea do seu poder. É o que vemos na ilustração acima: sua provável aparência aos 45 anos de idade. Os cientistas sabem como os crânios e rostos envelhecem. Assim, é possível prever qual teria sido a aparência de uma pessoa quando mais jovem removendo algumas das alterações esqueléticas e dos tecidos moles associadas à velhice. Entre elas estão as rugas, queda do nariz e das orelhas, papada e perda de dentes.

A visualização de características faciais finas, como piercings nas orelhas e penteados, também foi possibilitada por um software moderno de reconstrução de imagens. Em seguida, o Face Lab, usando um software desenvolvido para investigações forenses, adicionou camadas de músculos e tecidos aos ossos da múmia, revelando uma imagem facial surpreendentemente precisa. A equipe obteve ajuda extra de pistas preservadas durante a mumificação de Ramsés II, como padrões de cabelo, e especialistas em egiptologia indicaram as cores da pele, dos olhos e dos cabelos. Com esse trabalho foi possível criar um modelo 3D da cabeça do faraó. Na ilustração acima a provável aparência do rei aos 90 anos de idade. Para assistir um vídeo que apresenta o rosto em várias etapas do trabalho, clique aqui.