Em setembro de 2008 foram descobertos, em Saqqara, 20 km ao sul do Cairo, os restos de uma pirâmide que teria pertencido a Shesheshet, a mãe do faraó Teti (c. 2323 a 2291 a.C.), fundador da VI dinastia egípcia. Essa rainha foi uma das mulheres mais importantes da sua época e seu nome evoca a deusa Seshat. Ela parece ter desempenhado um papel importante no estabelecimento da VI dinastia, unindo duas facções da família real que se encontravam em litígio e permitindo, assim, que seu filho subisse ao trono. As ruínas, descobertas nas proximidades da pirâmide de Djoser, alcançam cinco metros de altura, mas originalmente a pirâmide deveria ter 14 metros de altura e lados com 22 metros de comprimento. A inclinação das paredes da pirâmide teria sido de 51 graus. Esta é a 118ª pirâmide encontrada no Egito, a 12ª encontrada em Saqqara, e estava encoberta por 25 metros de areia. A maioria destas pirâmides está em ruínas; apenas cerca de dez pirâmides permanecem bem preservadas em todo o país. O monumento era revestido de pedra calcária branca trazida das pedreiras de Tura, que fica nas proximidades. Os ladrões de túmulos cavaram um poço para permitir acesso à câmara funerária. Nas redondezas estão as pirâmides de duas esposas principais de Teti, Iput I e Khuit, e a dele próprio, muito erodida. Poucas evidências da existência da rainha foram achadas em inscrições em outros lugares no Egito. Suas propriedades são mencionadas, sob o título "Mãe do Rei", na tumba do Mehu, o vizir do início da VI dinastia. Além disso, o papiro médico Ebers contém uma receita, supostamente criada a pedido dela, para fortalecer seu cabelo muito fino que estava caindo. Nesse registro ela é especificamente citada como a mãe de Rei Teti. Entretanto, o local da sua sepultura era desconhecido.
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