Peten-Amun é um sacerdote secundário do início da Dinastia Ptolomaica (304 a 30 a.C.) que faleceu com cerca de sessenta anos, uma vida longa para os padrões egípcios. Foi descoberto em Akhmin, cidade localizada a 466 km ao sul do Cairo. Esta múmia está coberta com uma cartonagem dentro de um ataúde antropomorfo de madeira com tampa. O tipo da embalagem indica tratar-se de artigos produzidos em massa nas oficinas da época. O corpo mumificado tem aproximadamente 150 cm de comprimento e o ataúde cerca de 175 cm de comprimento e quatro centímetros de espessura. Levada do Egito para a Aacute;frica do Sul por William Joseph Myers, um oficial do exército britânico, no final do século XIX, a múmia foi adquirida entre 1889 e 1910 pelo Museu de Ciência Natural da cidade de Durban. Em novembro de 1984 ela foi radiografada. Percebeu-se, então, que sua metade superior estava quase completa, mas faltavam alguns molares e pré-molares. Tornou-se evidente uma fratura secundária de uma costela que, entretanto, havia ficado curada durante a vida do homem. A densidade do osso na parte inferior da coluna vertebral sugere alguma artrite. Misteriosamente faltam vários ossos: o fêmur e a tíbia da perna esquerda, rótulas das pernas esquerda e direita, e os dois pés. Decomposição rápida antes do embalsamamento podem explicar a perda de algumas partes do corpo. Todos estes ossos foram substituídos por falsas estruturas, possivelmente feitas de madeira e recheadas de linho, dentro das bandagens.
Em 1990 foi realizada a reconstituição da cabeça de Peten-Amun. Foi feita uma Tomografia Computadorizada e modelos de plástico elaborados a partir das imagens secionais individuais. Os modelos foram reunidos para formar uma reconstituição tridimensional do crânio. Usando este crânio, foi possível refazer as características da musculatura facial. O resultado pode ser visto na foto acima.
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