Pahat foi sacerdote do deus Min em Akhmin, cidade cujo nome era Ipu no Egito antigo, situada no Alto Egito setentrional, 480 quilômetros ao sul do Cairo. A reconstrução facial de seu rosto revelou tratar-se de um homem idoso e sem barba. Acredita-se que tenha morrido com cerca de 50 ou 55 anos de idade e que tenha vivido por volta de 230 a.C., durante a Dinastia Ptolomaica (c. 304 a 30 a.C.). Parece ter sofrido de artrite, mas a causa de sua morte é desconhecida. Ao modelo não foram acrescentados pigmentos de pele nem cor nos olhos porque, segundo os especialistas, não há como definir os tons exatos.
Os pesquisadores descobriram que 25% da cavidade cerebral da múmia está preenchida com material resinoso. Provavelmente a resina tem como base o óleo de cedro ou junípero, um inseticida natural destinado a manter o corpo livre de parasitas. Também foram encontradas resinas em outras partes do corpo, ajudando a torná-lo resistente a umidade. Os globos oculares e algum tecido ocular ainda estão intactos, bem como o coração. Os egiptólogos também notaram que parece haver alguns pacotes de vísceras no interior do corpo. Com base nos símbolos hieroglíficos do ataúde foi possível descobrir que o pai de Pahat também era um sacerdote e que sua mãe tocava instrumentos musicais no templo, sendo que ambos pertenciam à elite egípcia.
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