No primeiro trimestre de 2005, uma equipe de arqueólogos australianos descobriu, a 24 quilômetros ao sul do Cairo, em Saqqara, três grossos e fortes ataúdes de madeira de cedro do Líbano que foram definidos como maravilhosamente lindos. Construídos na forma de corpo humano, foram datados da XXVI dinastia (664 a 525 a.C.). Dentro deles havia múmias lindíssimas, envoltas em bandagens negras e decoradas com um intrincado bordado de pequenas contas coloridas de turquesa, formando as feições do morto. Dois dos ataúdes continham múmias masculinas e foram produzidos de forma a representar figuras com barba, usando colares elaborados, e com os braços cruzados sobre o peito. As múmias, envoltas em linho, estavam cobertas da cabeça até os joelhos com uma rede de contas arranjadas de modo a descrever como eles se pareciam em vida. Um dos corpos foi considerado como a múmia melhor preservada já encontrada daquela dinastia. O terceiro ataúde encontra-se em piores condições de conservação e continha a múmia de uma mulher coberta por uma rede de contas em forma de mosaico que também a descreve. Ao que parece, os corpos são de pessoas que não eram muito ricas, mas sim funcionários de classe média que viveram imediatamente antes que a Pérsia ocupasse o Egito por cerca de 80 anos. Diversos artefatos antigos foram encontrados na tumba. Em 2004, arqueólogos egípcios e franceses já haviam encontrado mais de 50 múmias, do mesmo período da história egípcia,
enterradas em profunfos poços na mesma área.
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