No oásis do Faium, 80 km a sudoeste do Cairo, arqueólogos russos descobriram, em abril de 2009, uma série de sarcófagos contendo múmias de extrema beleza, algumas inclusive usando máscaras douradas, e outros artefatos de valor histórico. Descobertas semelhantes já haviam sido feitas em 2007. Na realidade a região vem sendo pesquisada desde 2003 com escavações na necrópole de Deir Al-Banat. Lá existem sepulturas de três períodos da história egípcia: Egito Antigo, Egito Romano e Egito Cristão. Um total de 53 tumbas escavadas na rocha já foram localizadas. Elas variam em seus formatos: enquanto algumas são alcançadas por um único poço, outras têm um segundo poço que conduz a uma outra câmara inferior. Quatro das múmias datadas da XXII dinastia (c. 945 a 712 a.C.) são consideradas algumas das mais bonitas encontradas até hoje. Envoltas em linho, estão pintadas nas tradicionais e ainda luminosas cores do antigo Egito, ou seja, turquesa, terracota e ouro. Os ataúdes de madeira, igualmente pintados, foram encontrados em bom estado de conservação. Além das múmias egípcias usuais, os arqueólogos também acharam 15 dos assim chamados "retratos de múmias do Faium" do Período Greco-Romano (332 a.C. a 395 d.C.), retratos realísticos de um morto pintado em um pedaço de madeira e fixado à múmia. Uma capela funerária do Império Médio (c. 2040 a 1640 a.C.) com uma mesa de oferendas também foi achada, a qual foi provavelmente usada até a época romana. Ainda foram desenterrados amuletos e panelas de barro.
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