Descobertas Arqueológicas

Em fevereiro de 2009 foram encontradas 30 múmias em um túmulo em Saqqara, 20 km ao sul do Cairo, na localidade de Gisr al-Moudir, próximo da pirâmide de degraus de Djoser. Oito delas, das quais vemos uma na foto ao lado, estavam em ataúdes de madeira ou de pedra, enquanto que as demais achavam-se colocadas em nichos ao longo de uma parede, inclusive a de um cão. Pelo menos uma delas estava muito bem preservada dentro de um sarcófago de pedra calcária selado com gesso e talvez até seja a múmia melhor preservada entre todas as que foram localizadas no Egito até aquela data. A tampa do sarcófago foi quebrada na antiguidade, provavelmente pelos trabalhadores que a levaram para debaixo da terra, e consertada com argamassa. A sepultura em que o material se encontrava, construída com adobe, está no fundo de um poço de 11 metros de profundidade, é do período da VI dinastia (c. 2323 a 2150 a.C.) e seu proprietário original era um sacerdote chamado Sennedjem. A câmara mortuária está decorada com relevos representando atividades esportivas. Também havia alguns esqueletos e um caixão de madeira com 180 cm de comprimento contendo a múmia de um homem que teria vivido por volta de 640 a.C. Seu nome, Padi-Heri, aparece sem indicação de qualquer título, mas existe a informação de que era filho de Djehuty-sesh-nub e neto de Iru-ru. A maioria das múmias, entretanto, está mal preservada, pertencem a épocas diferentes e os arqueólogos ainda têm que determinar a identidade delas e porque tantas estão reunidas em um único túmulo. Como também havia múmias de crianças, especulou-se que a câmara abrigou os restos mortais de uma grande família, com os membros mais ricos, mais proeminentes, sendo enterrados em sarcófagos. O achado reflete o fato de que a área pesquisada pelos arqueólogos foi utilizada tanto para enterros no Império Antigo (c. 2575 a 2134 a.C.) quanto para sepultamentos 2000 anos depois, quando as múmias mais recentes foram enterradas.



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