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ROSTO DE HETEP-BASTET VELHA Essa mulher, de nome Hetep-Bastet, estava com idade entre 60 e 65 anos quando morreu. Ela deve ter vivido no decorrer da XXVI dinastia (c. 664 a 525 a.C.). Deve ter sido uma mulher rica. Tinha 157,5 cm de altura e sofria de arteriosclerose. Morreu provavelmente em parte devido a um quadril quebrado e a um abscesso. Ela havia fraturado o fêmur esquerdo cerca de dois meses antes de morrer e o osso quebrado pode ter dado origem a uma infecção mortal. Também tinha dentes que apresentavam abscesso, indubitavelmente uma situação muito dolorosa. Seus órgãos foram retirados durante a mumificação, mas os maus-tratos que a múmia sofreu impedem uma determinação acurada dos detalhes dessa remoção. O cérebro doi retirado através do forame magno.

ROSTO DE HETEP-BASTET JOVEM A reconstituição facial dessa múmia apresentou uma característica inédita: fatores de envelhecimento padrão foram usados pela primeira vez para produzir um segundo rosto. Trata-se da aplicação de uma técnica forense de modificação facial que procura oferecer pistas adicionais para identificação de restos desconhecidos retratando-se o rosto em estágios iniciais da idade adulta. Assim, nesse caso, temos a reconstituição da aparência de Hetep-Bastet quando faleceu e com cerca de 30 anos de idade.






ATAÚDE DE HETEP-BASTET Em 1927 o Museu do Cairo doou a múmia e seu ataúde de madeira para a Escola de Belas Artes de Montreal, em circunstâncias que permanecem obscuras. Ele é uma raridade muito especial em função da magnificência das decorações e dos hieríglifos que revelam o nome da mulher. O ataúde, elaboradamente pintado, apresenta tons de terra, de dourado e de vermelho. Ela está representada em uma cama funerária com quatro jaros canopos abaixo do móvel. Anúbis esta representado ao seu lado. Durante um violento protesto de estudantes ocorrido em 1969 contra a administração daquela instituição cultural, o caixão sofreu uma queda e se despedaçou. Ficou reduzido a 10 pedaços grandes e a centenas de pequenos pedaços de madeira e gesso. Um verdadeiro quebra cabeças que foi restaurado em dois meses por um especialista no ano de 2009. Em um documentário rodado em 1996, cujo tema era aquele movimento estudantil, a múmia foi o principal personagem. A reconstituição facial foi realizada pela artista forense Victoria Lywood. As perucas foram baseadas em estilos usuais da XXVI dinastia, como pode ser constatado por um ataúde e uma peruca descobertos daquele período.