Em março de 2008 descobriu-se que uma múmia que nos últimos 80 anos se pensava pertencer a uma dançarina de um templo, na realidade pode ser o corpo de um dos filhos de Ramsés II (c. 1290 a 1224 a.C.).
Uma tomografia computadorizada mostrou características tão semelhantes aos da família real egípcia, que os peritos afirmam, com 90% de certeza, de que se trata de um dos filhos gerados por aquele faraó e que exercia função sacerdotal. Testes demostraram que o indivíduo tinha arcada dentária superior saliente e olhos desalinhados, características semelhantes àquelas dos membros da XIX dinastia (c. 1307 a 1196 a.C.). Além disso, suas medidas faciais são quase idênticas às do próprio Ramsés. Os peritos acreditam que o homem mumificado morreu por volta de seus trinta anos, entre 1295 e 1186 a.C., de uma doença degenerativa, provavelmente câncer. Análises químicas também mostraram que o corpo tinha sido embalsamado com o emprego de materiais caros, inclusive resina de pistacho e tomilho, produtos usados em sacerdotes e membros da realeza. O engano com relação à múmia é devido ao fato dela ter sido encontrada num sarcófago cujos hieróglifos indicam tratar-se de uma dançarina. É provável que um ladrão de túmulos tenha colocado o corpo naquele ataúde por ter roubado o original, ou a múmia foi escondida por pessoas que esperavam, assim, protegê-la dos ladrões.
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