Os egípcios personificavam o rio Nilo como o deus Hapi. Sua figura é a de um homem barbado, com seios pendentes de mulher, indicativo de sua fertilidade, e uma barriga avantajada, de quem está bem alimentado, amparada por um cinturão. Freqüentemente aparece pintado em azul e às vezes calça sandálias, o que é um sinal de riqueza. Usa plantas aquáticas na cabeça. Suas mãos espalham o símbolo da vida e seguram uma bandeja com alimentos (peixes, patos, ramos de flores e de espigas) ou despejam água de jarros. Era chamado o pai dos deuses e várias cidades tinham o seu nome. Tão dependentes que eram das cheias do Nilo, é compreensível que os egípcios tivessem esse deus como objeto constante de suas preces. Pequenos amuletos representando o deus Hapi eram fabricados aos milhares em ouro, prata, cobre, chumbo, turquesa, lápis-lazúli, faiança ou, ainda, outros materiais. Por ocasião das cheias, oferendas eram apresentadas ao deus em vários templos egípcios. |